sábado, 18 de julho de 2015

#top10 | Pessoas que usam o Facebook

Chegámos às 10 mil visualizações! Festa!!! Já era tempo de um novo post!! Festa! Obrigada por leres as parvoíces que escrevo! Festa! Vamos ao que interessa. 

Depois das casas de banho públicas e dos supermercados, vamos a um #top10 de pessoas que usam o Facebook. 

1) Os sentidos 
Este género de utilizador sente-se com tudo: "A sentir-se entusiasmado", "A sentir-se doente", "A sentir-se orgulhoso". É uma pessoa bastante dada a sentimentos que gosta de partilhar o que tem dentro do coração com o mundo.

2) Os religiosos
Parecidos com os sentidos, os religiosos gostam de desejar sentimentos aos outros evocando o nome de Deus. Não se ficam pela frase, partilham imagens de pássaros, bonecos e corações que dizem "Que Deus ilumine seu dia" - sempre com um tom abrasileirado. 

3) Os pedinchões
Pedem "gostos" nas fotografias, votos nos concursos, comentários nos vídeos, vidas para os jogos. É a loucura dos pedidos, maioritariamente, ignorados.

4) Os discretos
Todos pensam que eles não vão ao Facebook. Não publicam, não colocam "gosto" em nada, não comentam. Mas eles 'andem' aí! Sabem na ponta da língua para onde é que a Sara foi de férias e como se chama o cão do Rui. E sabem também quem é que fez anos e até onde é que foi o jantar de aniversário dessa pessoa. 

5) Os exibicionistas
Ao contrário dos discretos, eles mostram tudo. No caso do sexo masculino há uma tendência para mostrar a barriga com seis quadrados, ao mesmo tempo que levantam a camisola (muitas vezes nem se vê a cara). No caso do sexo feminino é mais a bunda com cuecas de ganga.

6) Os divertidos
Partilham todos os vídeos de apanhados e contam anedotas. Não há piada que lhes passe ao lado! Há uma fotografia de um homem com cabeça de cão a comer esparguete? Eles vão divulgá-la.

7) Os preocupados
A sua missão no Facebook é única e simplesmente ajudar o próximo. Dão conselhos como quem troca de cuecas. "10 alimentos que o vão ajudar a reduzir o colestrol" ou "A melhor forma de acabar com as cólicas do seu bebé" são notícias que eles partilham de certeza. 

8) Os manifestantes
São contra os produtos testados em animais, contra os homofóbicos e contra as leggins. Eles não estão contentes com o mundo e o mundo não foi feito para eles. Como tal, falam de tudo com o Caps Look ligado e vários pontos de exclamação.

9) Os comentadores
São amantes de um qualquer evento e adoram comentá-lo ao mesmo tempo que o veem. Normalmente são adeptos fervorosos de futebol (muito informados) que acabam por fazer publicações que apenas 0,5% dos seus amigos na rede social percebe.

10) Os procuradores
Eles precisam de dar um sentido à vida. Eles precisam de saber como se vão chamar os filhos, que princesa da Disney seriam ou quantos anos vão viver. Eles fazem testes de tudo e partilham os resultados. Afinal, se o Facebook não souber, quem saberá?

Fotografia: Inês CR

quinta-feira, 18 de junho de 2015

#1ano

Já passou um ano! 1 ano! 

Parece que foi ontem que, com muito amor, criei este espaço para poder disparatar sobre os mais diversos assuntos. Nunca escrevi tanto sobre batatas fritas e sinto que não me vou cansar de o fazer. Parece mesmo que foi ontem e, agora, já comemoramos as nossas bodas de papel, numa relação muito apaixonada.

MUITOS PARABÉNS UM CANUDO & UM PAR DE SAPATOS, que me aturas em devaneios que não lembram ao menino Jesus!

MUITOS PARABÉNS INÊS CR, que fotografas estas imagens fofinhas!

MUITOS PARABÉNS SEGUIDOR(A), que acompanhas cada palavra que aqui escrevo. És um(a) quido(a)!

Que venham mais anos, mais inspiração e mais textos, porque escrever neste meu bebé faz-me querer mostrar o aparelho todo. 

Continua comigo e eu prometo que vou continuar contigo.

Fotografia: Inês CR

quarta-feira, 3 de junho de 2015

#top10 | Pessoas que usam casas de banho públicas

Após um período conturbado e de ausência do meu querido blogue, volto com um #top10. Vou falar de pessoas que usam casas de banho públicas e quero avisar já que a minha experiência é exclusivamente nas femininas. Não sei, nem quero saber o que se passa nos WC masculinos. 

Vamos a isto?

1) Os aflitinhos
Há uma fila de espera enorme e todas as pessoas estão ordeiramente a aguardar. Há quem converse, quem mexa no telemóvel e quem entrelace as pernas, com um ar desesperado. Estas pessoas normalmente ficam a ganhar, há sempre outras que deixam passar, porque ficam com pena da coitada que está prestes a explodir.

2) Os vaidosos
Ir ao WC para fazer chichi não está in. O que está a dar é ver ao espelho durante meia hora, pentear a sobrancelha direita durante quinze minutos e arrancar peles dos lábios durante vinte. Afinal, uma pessoa tem de estar sempre no seu melhor, mesmo que a pessoa atrás esteja à espera para lavar as mãos.

3) Os asseados
Mal passam a porta já estão a tirar o pacote dos toalhetes da mala. A higiene está no topo da prioridades e refrescar as axilas, principalmente no verão, é uma emergência. Claro que a seguir vem o desodorizante, o creme com cheiro, o perfume e o spray corporal. 

4) Os badalhocos
Ao contrário dos asseados, esta espécie nem sequer lava as mãos depois de sair do cubículo. Mas porquê? É só dar um passo até aos lavatórios e depois limpar as mãos às calças. O secador não resulta.

5) Os prevenidos
Uma casa de banho pública é uma festa de bactérias. Como tal, os prevenidos tiram meia hora do seu tempo para forrar tudo onde tocam com papel. Forram o tampo da sanita para não terem de fazer um agachamento contínuo, forram o autoclismo antes de lhe tocaram, forram a maçaneta da porta. Uma hora depois estão prontinhos.

6) Os impacientes
Chegam e veem que todas as portas têm o símbolo vermelho, ainda assim batem para confirmar se está lá gente. E mesmo quando ouvem a resposta "está ocupada" têm a tentação de empurrar. Quando há o azar do fecho estar avariado, a pessoa do lado de lá leva com a porta na cabeça.

7) Os polícias
Normalmente atuam nas discotecas ou nos festivais. Os polícias sinaleiros fazem de controladores da vez. Mal alguém chega para se pôr na fila, este tipo de utente já está a dizer quem é a última pessoa. Num momento de indecisão, os polícias sabem sempre quem é o próximo a ir.

8) Os olheiros 
Não há pessoa que entre que não seja revista de cima a baixo. Nos WC femininos há sempre uma tendência a observar (e comentar no caso de um grupo de amigas) os outfits de quem entra. "Aquela miúda é magra e está bem vestida! Que estúpida!"

9) Os vendedores
Encontram-se nas casas de banho dos centros comerciais. A primeira coisa que fazem é posar os sacos das compras e montar uma banca com tudo o que compraram. Desde a camisola com a Minnie em lantejoulas para a prima Carlota até à cueca de renda para a amiga Catarina que vai casar.

10) Os narcisistas
Espelho + telemóvel = selfie. É vê-los a pôr os lábios para fora e a espetar com o flash no espelho. Está uma retrete atrás? Não faz mal, eles só querem mostrar ao mundo que foram a uma casa de banho pública.

Fotografia: Inês CR

terça-feira, 19 de maio de 2015

#benficacampeão

O título nada tem a ver com o texto que se segue. É apenas um acontecimento paralelo à minha vidinha de tartaruga. Acabei de confundir qualquer pessoa que leia este texto. Esta frase continua sem esclarecer nada. Mas dentro de algumas palavras tudo ficará mais claro.

Agora que te fiz ler um parágrafo inteiro sem dizer nada de jeito, passo a explicar a minha longa ausência do blogue. Sei que sentiste a minha falta, mas prometo estar prestes a regressar em grande. Esquece, em grande é impossível porque eu sou minúscula. 

Nas últimas três semanas andei ocupada. A minha agenda tem andado muito preenchida (é tão chique dizer isto). Ando ocupada de tal forma que os meus ombros passaram a ter uma carapaça, mais conhecida por mochila. Sinto-me uma tartaruga com a casa às costas. Caso caia para trás, já não me levanto mais. 

Para além deste vai-vem, cada vez que ligo o computador para um momento de lazer deparo-me com vídeos de pessoas a bater em outras pessoas. É horrível, deixa-me completamente revoltada e sem vontade de escrever nada. Ou melhor, de escrever coisas que não vão deixar ninguém contente. E esse não é o objetivo do meu blogue, para chorar já chegam as greves do metro.

Após este momento sério e raro aqui por estas bandas. Para além do Benfica ter sido campeão e eu ser do Sporting. Não sei bem porquê, mas todos temos de responder alguma coisa quando nos fazem a adorável pergunta dos clubes... QUERO DEIXAR UMA MENSAGEM. 

Para terminar este meu texto de justificação para com os meus seguidores lindos e fofinhos, quero falar aos netos deste país. Em particular aos netos que agarram nos telemóveis dos avôs e das avós e escolhem o toque. A senhora que andou ao meu lado no autocarro ia morrendo de vergonha quando o seu telemóvel começou a cantar: "Era só jajão, quando tu dizias que eu sou teu único amor, baby". Deixem-se disso, por favor.

Fotografia: Inês CR


quinta-feira, 30 de abril de 2015

#saladeespera

A experiência de permanecer numa sala de espera é sempre estranha. Na prática, ficamos num espaço limitado a quatro paredes, com sorte sentados numa cadeira, a ver os minutos a passar. 

Ontem tive essa experiência e mais uma vez pude comprovar que é algo mesmo estranho. Fui ao hospital com dor de ouvidos e de garganta (dados nada importantes, mas que decidi referir) e lá fiquei na sala de espera. A partilhar o momento com os outros doentes e a respirar devagarinho para que não inspirasse outras viroses. Há quem leia, quem converse, quem veja televisão. O Fernando Mendes com um barrete de campino, a comer chouriços que alguém do público levou é sempre uma boa distração para quem tem dores. Exceto para quem tem dores de cabeça. Aí as palmas entusiásticas do público e, em especial, da participante do programa de ontem, dão cabo de qualquer um.

Atividades há muitas. Quando se partilha o espaço com estranhos há sempre que ocupar a cabeça para não cair na tentação de ouvir conversas alheias. Para além de que tentar falar com uma pessoa que tem a cabeça partida ou está a arder em febre é um passo arriscado.

Para minha felicidade fui atendida muito rapidamente. Tão rapidamente que nem tive tempo para perceber quem é que ganhou a montra final. 

Fotografia: Inês CR

sexta-feira, 24 de abril de 2015

#desejosefome

O título poderia ter sido "desejos vs. fome", mas eu acho que estas duas palavras não são antónimos nem adversárias. O meu estômago diz-me que andam de mãos dadas. 

Ainda ontem, depois das aulas, entrei no autocarro e cheirava a batatas fritas de milho. São umas em forma de cone que deixam os dedos laranja. E cujo sabor é tão bom que torna impossível parar de comer. Olhei para o lado e lá estava uma menina a comer as ditas batatas. Era hora de jantar e apeteceu-me arrancar aquela bomba de colestrol das mãos da passageira e fugir porta fora. 

Isto acontece sempre. Quem é que consegue não ter desejo de fritos quando passa por um restaurante com aquele cheiro horrível a óleo que se entranha na roupa e permanece durante 15 dias? Quem é que consegue dizer 'não me apetece pipocas' quando passa nas bilheteiras do cinema? Quem é que recusa pão caseiro depois de passar snifar aquele aroma a quentinho acabado de fazer? NINGUÉM! E se alguém consegue é porque nasceu em Marte ou tem problemas de congestionamento nasal.

Ser humano que se preze vê, cheira, ouve ou toca em comida e ambiciona sentir-lhe o paladar. É quase tão certo como chorar na cena do Rei Leão em que o Mufasa morre. 

Fotografia: Inês CR

terça-feira, 14 de abril de 2015

#top10 | Pessoas que vão ao supermercado

No último #top10 falou-se de pessoas que andam de transportes públicos, neste fala-se de pessoas que vão ao supermercado. A lista é extensa, mas afinal todos precisamos de comprar papel higiénico.

1) Os snifadores
Precisam de três limões, cheiram os limões. Precisam de shampoo cheiram o shampoo. Precisam de alface, cheiram a alface. Esta espécie de compradores utiliza o olfato como arma para detetar a qualidade do produto. Não há nada que vá parar ao carrinho que não seja encostado ao narizinho antes.

2) Os apalpadores
Ora vamos cá ver se este pão está bem ou mal cozido. Apalpa um saco, apalpa outro. E claro que só à décima apalpadela é que se faz a escolha. Entretanto, o cliente que vem a seguir leva para casa pão todo apalpado.

3) Os acidentados
Não há prateleira que não leve com o carrinho ou cesto de rodas destas pessoas. Olhar para a panóplia de produtos ao mesmo tempo que se conduz não resulta. Para além de que o marketing desvia a direção das rodas de propósito para o comprador levar o produto em que embateu. 

4) Os saudáveis
Circulam apenas nas zonas dos legumes, frutas e produtos dietéticos. Não há bolacha integral que não conheçam. E aproveitam para fazer um jogging enquanto evitam dar de caras com Donuts e Bollycaos. 

5) Os distraídos
"Mas onde é que eu deixei o carrinho?" É uma questão que fazem várias vezes no tempo que passam no supermercado. Não há trânsito que resista a esta categoria, porque deixam as compras no meio dos corredores onde outros compradores vão querer circular.

6) Os organizados
Contrariamente aos distraídos ninguém faz farinha com eles. De lista e caneta na mão não se deixam conquistar pelo 'leve 2 pague 1'. Na lista só diz quatro iogurtes, para quê levar oito?

7) Os birrentos
Normalmente associados a pessoas entre os 0 e os 5 anos. Mais conhecidos por crianças, estes seres recusam-se a largar a prateleira dos brinquedos e estão prontos para gritar num tom tão agudo que os senhores do armazém vão ouvir. Alguns também fazem de esfregona.

8) Os devoradores
Ainda não passaram as portas de vidro que abrem sozinhas e já estão a pensar no petisco que lhes apetece. Pacotes de amendoins, batatas fritas ou bolos secos. Tanto faz, desde que se mate o ratinho no estômago e se possa ir até à caixa com menos um artigo para pagar. 

9) Os famosos
Todos os conhecem e conhecem todos. São tão conhecidos que têm de parar em pleno corredor em amena cavaqueira. Impedindo o caminho dos pobres anónimos que só querem chegar à manteiga. 

10) Os desistentes
Eles até iam levar aquela palete de bifes de peru, mas a crise toca a todos. Como tal, antes de chegarem à caixa, optam por deixá-la em cima do pack de cervejas. Nunca se sabe se o próximo a passar por ali não vai fazer uma churrascada e precisa de comprar os dois produtos.

terça-feira, 7 de abril de 2015

#ressaca

Ontem cheguei aos 22. Hoje estou a ressacar. 

Já estás a pensar que fui para a vida 'loka', mas não! Estou a ressacar de açúcar. Mais precisamente, de bolo e amêndoas. Fazer anos a seguir à Páscoa não dá com nada. O consumo de doces já começou há duas semanas e este fim-de-semana foi a loucura no mundo do glícidos. 

Nestes dias festivos corta-se no pequeno-almoço para almoçar à grande, na companhia da família. Vêm as entradas e o estômago até dá saltinhos de felicidade. A seguir, o prato principal apresenta-se e, como o pão caseiro com aquele queijo de cabra de Serra com aroma a peúga já encheu, faz-se um esforço para provar um pouco de tudo. Afinal é dia de festa. Com a refeição terminada, chega a hora das sobremesas. E aí nada importa. Já passaram uns quantos alimentos pelo esófago abaixo, mas há sempre um espacinho para a mousse de chocolate, a tarte de natas e o bolo com cobertura. Afinal continua a ser dia de festa. 

Agora cá estou. De barriga inchada a pensar seguir os conselhos da Shakira. Mas feliz, porque ainda há bolo no frigorífico. 

Fotografia: Raissa Grossi

sábado, 28 de março de 2015

#bolachasealtruísmo

À sexta-feira tenho seis horas de aulas seguidas, com um intervalo de dez minutos para jantar. Não há tempo para ir jantar a lado nenhum e a solução passa por sandes enroladas em prata, sumos de pacote e, em dias de sorte, umas bolachinhas. Ontem cumpri a tradição e foi dia de sorte. Enrolei algumas bolachas digestivas, que são deliciosas, em prata para levar. 

Antes das aulas fui com o meu namorado, o Diogo, ao Jardim da Gulbenkian. É dos meus sítios favoritos em Lisboa e o melhor para aproveitar os dias de sol. A única parte chata deste passeio são os patos e os pombos. Compreendo que eles se sintam em casa, mas não se cheguem perto de mim. Não gosto de me sentir ameaçada por bicos e barulhos como quá quá quá. Contrariamente, o Diogo adora ver os animais contentes. Todas as vezes que lá vamos ele lamenta não ter um saco de pão para dar às criaturas. (Não, não namoro com um senhor de 80 anos nem com uma criança de três. Ele tem 22 e este gosto estranho.) 

Enquanto tentava comer um gelado em paz, os patos rodearam-me como se fossem um gangue a dizer "passa para cá umas migalhas". E o Diogo lá lamentou não ter à mão uma caixa de milho no bolso. Cometi o erro de falar nas minhas queridas bolachas digestivas. Que raio me passou pela cabeça? Obviamente ele pegou nelas e começou a distribui-las pela população de patos que nos rodeava. O chefe do gangue, isto é, o pato mais rápido e esfomeado, voava à velocidade da luz para apanhar os pedaços e regressava à espera de mais. 

Nunca esperes dar meia bolacha a um pato e veres-te livre dele. Ele volta e grasna agressivamente até voltares a dar. 

Mas enfim, percebi que tenho um namorado altruísta que tirou do meu jantar para alimentar os pobrezinhos. Para além disso, ainda contribuiu para regular o trânsito intestinal dos animais.


terça-feira, 24 de março de 2015

#top10 | Pessoas que andam de transportes públicos

A partir de hoje há uma nova rubrica aqui no teu blogue favorito. Não me chames convencida, eu sei que adoras quando andas pelo Facebook e vês que há novidade! "Deixa-te de coisas e fala da rubrica!", dizes tu. "OK, ganha calma que o stress provoca rugas", digo eu. "Raio da miúda só escreve, escreve e não diz nada de jeito", dizes tu. "Ei, eu ouvi isso!", respondo eu indignada. "Já acabou o momento de monólogo entre ti e o teu amigo imaginário?", pergunta a minha consciência.

Já sim senhora! Vamos passar ao primeiro #top10, que vai falar dos vários tipos de pessoas que andam de transportes públicos. Qual deles és tu? 

1) Os exaustos
Dormem, dormem e dormem. Nada melhor que aproveitar aquela viagem para tirar um cochilinho. Uma pessoa vai exausta para o trabalho e vem exaurida do trabalho. Há que aproveitar para descansar a vista. De boca aberta, ou não, é uma escolha que cabe a cada um. Dando um ressono, ou não, tudo depende do nariz entupido.

2) Os sociais
Porque a vida é curta há que pôr a conversa em dia quando se viaja. E falar alto. Porque a pessoa que está do outro lado do telefone é sempre alguém com problemas de audição. Dada a idade avançada da maioria da população do nosso país, é normal que se tenha de falar sobre as férias em Albufeira ou a festa de anos da Kika aos altos berros.

3) Os agarrados
Aos telemóveis e não só. Tudo o que é tecnologia circula por ali. Tablets, mp4, iPod, iPad, iTudo. É a loucura do CandyCrush e dos jogos de memória. Desliza dedo para aqui, desliza dedo para ali. É ver quem é o mais rápido a passar a mão no ecrã. 

4) Os DJ's
Dão música a toda a gente. Desconhecem as palavras "fones" e "auscultadores" e querem partilhar a sua playlist com o mundo. Desde o kuduro ao pai da criança, vale tudo menos ficar em silêncio e deixar os restantes aproveitar a viagem em paz.

5) Os cultos
Com as cabeças enterradas em livros, não se desviam por um instante. Vem alguém com um bebé ao colo e não há lugar? Eles não querem saber, porque o momento da leitura é mais importante. Ainda que sejam as 50 sombras de Grey com uma capa de tecido aos bonequinhos. 

6) Os viajantes
Sempre com a mala atrás. A mala, uma mochila e ainda um saco do Pingo Doce. Dos grandes, que os pequenos agora pagam-se e não compensa. Não há hipótese de carregarem mais nada. Nem hipótese de passarem ao mesmo tempo que alguém quando entram nas portas. 

7) Os indignados
"Estas pessoas não deixam ninguém sentar!" Normalmente donos de uma idade mais avançada. Vão o caminho inteiro a reclamar por tudo e por nada. "No meu tempo não era assim. Os jovens estão perdidos". Até que alguém cede o lugar... "Não é preciso, vou já sair a seguir".

8) Os estrangeiros
Falam, falam, falam. Polaco, romeno, mandarim... Podem mandar todos os restantes ir passear macacos bem alto, que ninguém vai perceber nada. Até podem estar a dizer que a pessoa do lado cheira mal, é indiferente. Ela vai continuar a pensar que cheira a rosas.

9) Os multifunções
Associados, maioritariamente, ao sexo feminino. Dar um retoque nas unhas, escrever um número de telefone com o lápis dos olhos ou até organizar a carteira. Não há tempo para fazer tudo no conforto do lar. 

10) Os empurra
Há greve e o povo está tipo lata de sardinha? Então vamos a um empurrãozinho. "Pago passe tenho de entrar e, se possível, sentar-me." Uma cotovelada deste lado, uma pisadela do outro. "Deixem-me passar que eu vou primeiro."

sábado, 21 de março de 2015

#tagdoamoredoódio

Bem... Ao que parece agora é moda os bloggers nomearem-se entre si para responder a tags. Acho piada porque a iniciativa faz com que troquemos conhecimentos e nos demos a conhecer um pouco melhor a quem nos segue. Ou seja, isto é uma fofice que acontece entre pessoas que gostam de vir para Internet escrever coisas, tal como a minha avó diria. 

Fui nomeada pela Cristiana do blogue Where is my mind para responder à Tag "Amo/ Odeio" e decidir aceitar o desafio. As regras são:
  • Dizer 10 coisas que odeio e 10 coisas que amo.
  • Indicar 10 blogues para responder à Tag também.
  • Colocar a imagem da Tag.
  • Colocar o blogue que deu origem à Tag.
  • Pôr o link de quem indicou a Tag.


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Já cumpri as últimas regras, por isso vou passar às primeiras. Antes de continuares a ler, quero avisar que isto é uma brincadeira. Amar e odiar são palavras realmente sérias e aqui no blogue e seriedade fica em casa. Após isto, cá vai...

Dez coisas que odeio:

1- Apanhar molhas naqueles dias em que o São Pedro está de telha e eu decido não levar chapéu de chuva.
2- Que o pacote das minhas bolachas favoritas acabe.
3- Pombos urbanos, andam nos passeios como se fossem gente e quando menos se espera levantam voo a alta velocidade.
4- Moedas, a minha carteira só deviam ter notas.
5- Cheiro a livros ou revistas novas, chega a ser intoxicante.
6- As contas que chegam da luz durante o inverno, malditos aquecedores!
7- Autocarros da Carris em dias de greve, sardinhas em lata nunca foi algo que me suasse bem.
8- Bater com a escova do rímel na pálpebra superior.
9- Ficar com areia da praia no biquíni.
10- E... Comer areia da praia quando o vento se levanta.

Dez coisas que amo:

1- Batatas fritas, sejam caseiras, de pacote ou do McDonals.
2- Manter as etiquetas na roupa até a estrear.
3- Pôr as calças do pijama por dentro das meias.
4- Cozido à portuguesa, quem me tira a comida tuga tira-me tudo.
5- Cheiro a shampoo, snifo sempre que estou no supermercado antes de comprar.
6- Festas de anos em casa, é comer sem pagar.
7- Ter as unhas acabadas de pintar impecáveis, estado que dura em média cinco minutos.
8- Esplanadar e apanhar sol na cara tipo caracol.
9- Adormecer no sofá, pena que já não acorde na cama como acontecia há uns anos atrás.
10- Cafunés, deviam inventar um robot só para isso.

Os dez blogues que nomeio são:


Fotografia: Inês CR

quinta-feira, 19 de março de 2015

#príncipeprocura-se

PROCURA-SE príncipe rico, de olhos azuis, cabelo sedoso e uma dentição impecável. Pede-se também que seja de família abastada, com nome próprio seguido de 40 apelidos. A inteligência e a boa conversa são fatores tidos em conta, mas não eliminatórios. Contudo, o egoísmo e a avareza não serão tolerados - não se pretende um tio Patinhas. 

Não é exigível castelo ou palácio para posterior ajuntamento, bastando uma moradia com piscina. Coches ou cavalos brancos serão a opção para dias festivos, nas restantes ocasiões será utilizado um descapotável topo de gama. 

Em troca oferece-se paciência, bom humor e decisões já definidas para aplicação dos bens monetários do respetivo príncipe. Os interessados deverão comprar um par de sapatos, número 38, na Swarovski e entrar em contacto o mais depressa possível. Dispensa-se a vinda da cavalaria toda em busca da princesa, já existe o Facebook para tratar do assunto.

Sim, ontem fui ver o filme Cinderela e estou a magicar uma solução para ganhar uns trocos.

Fotografia: Inês CR

quinta-feira, 12 de março de 2015

#odesaparecimento

Foi, sem dúvida, misterioso este desaparecimento. Acordei e senti o fresco dos lençóis no meu pé direito. A minha meia tinha desaparecido como o dinheiro desaparece da carteira dos tugas. 

Ainda na escuridão deslizei o pé frio e desconsolado pelos lençóis gélidos, na esperança de me cruzar com esta vítima de roubo. Nada aconteceu. Empurrei o edredom e o lençol de cima, branco com riscas azuis, e fiz uma pesquisa por toda a área do colchão. Nada. Nem sequer um vestígio da minha querida peúga. 

Cor-de-rosa choque e felpuda, calçá-la é como calçar uma nuvem. Fofinha que nem algodão. E ainda por cima estava a prender a ponta das minhas calças de pijama brancas às bolinhas rosa. Tudo estava confortavelmente composto em harmonia e a condizer. Mas algum acontecimento misterioso durante a escura e longa noite a roubou. Que seria feito dela?

Acendi o candeeiro da mesa de cabeceira. Tinha de conseguir encontrá-la ou a corrente fria que passava na lateral da cama atacar-me-ia mal pusesse o pézinho cá fora. Mais uma busca intensiva, mais um levantar de lençóis e endredom, mais um grandessíssimo NADA. 

Encarnei o Inspetor Gadget (tereretetete, terereretete) e procurei no chão do lado esquerdo. Podia a fofinha ter caído. Nada. Procurei do lado direito encostado à parede. À primeira vista nada. Dobrei-me para averiguar melhor e... lá estava ela. Entre a colcha e a parede. Assustada, perdida, desorientada. Salvei-a e voltei a envolver o meu pé em algodão doce. 


segunda-feira, 9 de março de 2015

#caindoaosbocadinhos

Depois de uma loooooonga pausa nas caminhadas para acumular gordura para o inverno (tipo urso) hoje regressei às caminhadas. Até parece que andar - sim, fazer caminhadas é andar - faz alguma coisa de jeito... Mas pelo menos, endireito as costas e vejo pessoas a transpirar. 

A malta vê um bocadinho de sol e começa logo a pensar no biquíni. Pensar no biquíni e refletir sobre todos os hidratos de carbono e chocolates quentes ingeridos nos últimos meses. Não é fácil lidar com as barrigas lisas dos anúncios da Activa. Naaaada fácil.

Enfim... Barrigas  à parte. A caminhada correu bem. Senti-me uma lutadora que regressa ao ringue. Senti-me uma heroína que regressa à ação. Senti-me uma ave qualquer que regressa aos céus. Caminhei uma hora e tal, no Monsanto, na companhia da Jé (do blogue O Diário da Jessie Bessie). Super entusiasmadas! Até tirámos selfies de fato de treino e colocámos com o #atéaoverãoficamosboas. Que vida, que energia, que adrenalina!

Agora estou a cair para o lado como um bebé com sono. Ou melhor, como alguém que tomou três calmantes. Ou ainda melhor, como alguém que levou com uma frigideira na cabeça. Sou muito fracota, confesso. 


quinta-feira, 5 de março de 2015

#édeborla: o resultado

Chegou o momento de revelar a vencedora do passatempo! (rufus)

O kit Loveable Lips vai para Beatriz Semedo e o Loveable Nails para Maria Nogueira. Muitos parabéns! As vencedoras serão contactadas por e-mail para combinar a entrega. 

Obrigada a todas pela participação! 




1. Inês Rodrigues
2. Vanessa Nogueira
3. Jéssica Alexandra Moleiro Martins Rolho 
4. Beatriz Palha
5. Beatriz Semedo
6. Ana Paula Tomásia
7. Leopoldina Meia Onça
8. Maria Nogueira  
9. Isabel Marques Martins
10. Margarida Pinhal

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

#fuiàbola

Como menina que sou, gosto de cumprir o estereótipo e não ligar nenhuma a futebol. Não sei quem são os treinadores de cada equipa, não sei que campeonatos existem e muito menos os nomes dos jogadores. Não me falem de "foras de jogo", "penáltis" e "cartões amarelos", porque vou ficar tipo o gato do anúncio da Whiskas e só ouvir "blá blá blá". 

Ainda assim, digo ser do Sporting e ontem, pela primeira vez, fui assistir a um jogo desta equipa. Fui mesmo ao estádio sentir toda aquela adrenalina dos adeptos/ treinadores de bancada que gritam com uma força que daria para virar um camião. Estavam mais de 42 mil pessoas, sendo que destas apenas cinco ou seis eram do Gil Vicente (os adversários). Apesar de não ser grande fã, confesso que é notável a união que o futebol incute nas pessoas. Mal se passa a porta do estádio, todos passam a ser iguais e vão ali com o intuito de ver a sua equipa a ganhar. Ninguém tira os olhos da bola durante 90 minutos mais os descontos. Exceto os dois miúdos que estavam atrás de mim, com bigodes de leite, que optaram por jogar PSP ou Game Boy. Até os compreendo. Quando é para mandar vir o árbitro, o dito passa a chamar-se "palhaço" e se alguém ousa a vestir uma peça de roupa encarnada habilita-se a uns quantos nomes que em televisão soariam "piiiii".

Foi muito engraçado. 


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

#édeborla

Chegou a altura de repor as pinturas gastas no Carnaval! Se és pirosa - como eu - e adoras tudo o que ajuda a dar um brilho ao visual, um destes conjuntos pode ser teu. 


Para ganhares um Loveable Lips ou um Loveable Nails só tens de:

1) Pôr "gosto" na página do blogue Um canudo & um par de sapatos.
2) Partilhar este post no Facebook. 
3) Preencher o formulário abaixo com o nome, e-mail e link da partilha.

As vencedoras será sorteada no random.org/. Boa sorte!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

#nãoconheçoninguémquenãogostedebatatasfritas

Eis que chegou o Dia de São Valentim, ou Dia dos namorados, ou Dia em que as pessoas que ainda não encontraram o amor se revoltam nas redes sociais. Hoje é dia para dar flores, escrever postais e comer bombons. Hoje é o dia do marketing, que invade qualquer que seja a página de Facebook, o e-mail e até a televisão. A fúria é tanta que, na semana passada, a minha avó quis confirmar realmente qual era o dia. Já tinha visto uma imensidão de reportagens sobre "como ter o dia perfeito", que ficou confusa. 

Como adoro romper tendências (uau, sou super à frente) não te vou falar de amor para com o outro. Mas sim de amor a batatas fritas. Para isso sim! Devia haver um dia no calendário. Não conheço um único ser humano que não goste deste pecado calórico. Sejam elas de pacote, pré-congeladas, caseiras ou até do McDonal's. Não há como resistir àquelas marotas cobertas de sal. É de comer e chorar por mais, ou melhor, é de comer e ir comprar mais. 

Posto isto, proponho aos senhores do Governo que instituam um Dia da Batata Frita. Dia esse em que podemos colocar selfies com pacotes XXL da batatas, fazer declarações às batatas e ainda comer as que quisermos, sem julgamentos por parte de pessoas que vão ao nutricionista. Deve ainda existir o direito de passar com a língua nos dedos quando estes agarrarem o sal das batatas. E não se pode esquecer de que os rolos de cozinha, neste dia, deviam ser doados à população, para que todos nós possamos colocar as batatas a escorregar o óleo depois da fritura. É também necessário, que se façam campanhas de distribuição de velas aromáticas, para que quem quiser ter a ousadia de as fazer em casa em vez de as ir comer ao restaurante, continue com um cheiro agradável no seu lar. 



sábado, 7 de fevereiro de 2015

#jet'aimeparis

Não há muito a dizer. Três dias em Paris (dois na Disneyland, um na cidade). Três vezes 24 horas de olhos esbugalhados a processar tudo. Três milhões de momentos a nunca mais esquecer.

Ufa, Paris bateu forte cá dentro! Esta foi, definitivamente uma das melhores viagens de sempre! Sim, ir a Badajoz comprar caramelos também é considerado uma viagem e nesse género sou muito batida. Brincadeira! 

Foi espetacularmente fabulástico. É tudo o que tenho a dizer. Vê algumas das mil fotografias que tirei, mas não fiques por aqui e vai! (é uma ordem)



























Fotografia: Mariana de Almeida e desconhecidos a quem se pede para tirar fotos ao grupo todo.