sábado, 18 de julho de 2015

#top10 | Pessoas que usam o Facebook

Chegámos às 10 mil visualizações! Festa!!! Já era tempo de um novo post!! Festa! Obrigada por leres as parvoíces que escrevo! Festa! Vamos ao que interessa. 

Depois das casas de banho públicas e dos supermercados, vamos a um #top10 de pessoas que usam o Facebook. 

1) Os sentidos 
Este género de utilizador sente-se com tudo: "A sentir-se entusiasmado", "A sentir-se doente", "A sentir-se orgulhoso". É uma pessoa bastante dada a sentimentos que gosta de partilhar o que tem dentro do coração com o mundo.

2) Os religiosos
Parecidos com os sentidos, os religiosos gostam de desejar sentimentos aos outros evocando o nome de Deus. Não se ficam pela frase, partilham imagens de pássaros, bonecos e corações que dizem "Que Deus ilumine seu dia" - sempre com um tom abrasileirado. 

3) Os pedinchões
Pedem "gostos" nas fotografias, votos nos concursos, comentários nos vídeos, vidas para os jogos. É a loucura dos pedidos, maioritariamente, ignorados.

4) Os discretos
Todos pensam que eles não vão ao Facebook. Não publicam, não colocam "gosto" em nada, não comentam. Mas eles 'andem' aí! Sabem na ponta da língua para onde é que a Sara foi de férias e como se chama o cão do Rui. E sabem também quem é que fez anos e até onde é que foi o jantar de aniversário dessa pessoa. 

5) Os exibicionistas
Ao contrário dos discretos, eles mostram tudo. No caso do sexo masculino há uma tendência para mostrar a barriga com seis quadrados, ao mesmo tempo que levantam a camisola (muitas vezes nem se vê a cara). No caso do sexo feminino é mais a bunda com cuecas de ganga.

6) Os divertidos
Partilham todos os vídeos de apanhados e contam anedotas. Não há piada que lhes passe ao lado! Há uma fotografia de um homem com cabeça de cão a comer esparguete? Eles vão divulgá-la.

7) Os preocupados
A sua missão no Facebook é única e simplesmente ajudar o próximo. Dão conselhos como quem troca de cuecas. "10 alimentos que o vão ajudar a reduzir o colestrol" ou "A melhor forma de acabar com as cólicas do seu bebé" são notícias que eles partilham de certeza. 

8) Os manifestantes
São contra os produtos testados em animais, contra os homofóbicos e contra as leggins. Eles não estão contentes com o mundo e o mundo não foi feito para eles. Como tal, falam de tudo com o Caps Look ligado e vários pontos de exclamação.

9) Os comentadores
São amantes de um qualquer evento e adoram comentá-lo ao mesmo tempo que o veem. Normalmente são adeptos fervorosos de futebol (muito informados) que acabam por fazer publicações que apenas 0,5% dos seus amigos na rede social percebe.

10) Os procuradores
Eles precisam de dar um sentido à vida. Eles precisam de saber como se vão chamar os filhos, que princesa da Disney seriam ou quantos anos vão viver. Eles fazem testes de tudo e partilham os resultados. Afinal, se o Facebook não souber, quem saberá?

Fotografia: Inês CR

quinta-feira, 18 de junho de 2015

#1ano

Já passou um ano! 1 ano! 

Parece que foi ontem que, com muito amor, criei este espaço para poder disparatar sobre os mais diversos assuntos. Nunca escrevi tanto sobre batatas fritas e sinto que não me vou cansar de o fazer. Parece mesmo que foi ontem e, agora, já comemoramos as nossas bodas de papel, numa relação muito apaixonada.

MUITOS PARABÉNS UM CANUDO & UM PAR DE SAPATOS, que me aturas em devaneios que não lembram ao menino Jesus!

MUITOS PARABÉNS INÊS CR, que fotografas estas imagens fofinhas!

MUITOS PARABÉNS SEGUIDOR(A), que acompanhas cada palavra que aqui escrevo. És um(a) quido(a)!

Que venham mais anos, mais inspiração e mais textos, porque escrever neste meu bebé faz-me querer mostrar o aparelho todo. 

Continua comigo e eu prometo que vou continuar contigo.

Fotografia: Inês CR

quarta-feira, 3 de junho de 2015

#top10 | Pessoas que usam casas de banho públicas

Após um período conturbado e de ausência do meu querido blogue, volto com um #top10. Vou falar de pessoas que usam casas de banho públicas e quero avisar já que a minha experiência é exclusivamente nas femininas. Não sei, nem quero saber o que se passa nos WC masculinos. 

Vamos a isto?

1) Os aflitinhos
Há uma fila de espera enorme e todas as pessoas estão ordeiramente a aguardar. Há quem converse, quem mexa no telemóvel e quem entrelace as pernas, com um ar desesperado. Estas pessoas normalmente ficam a ganhar, há sempre outras que deixam passar, porque ficam com pena da coitada que está prestes a explodir.

2) Os vaidosos
Ir ao WC para fazer chichi não está in. O que está a dar é ver ao espelho durante meia hora, pentear a sobrancelha direita durante quinze minutos e arrancar peles dos lábios durante vinte. Afinal, uma pessoa tem de estar sempre no seu melhor, mesmo que a pessoa atrás esteja à espera para lavar as mãos.

3) Os asseados
Mal passam a porta já estão a tirar o pacote dos toalhetes da mala. A higiene está no topo da prioridades e refrescar as axilas, principalmente no verão, é uma emergência. Claro que a seguir vem o desodorizante, o creme com cheiro, o perfume e o spray corporal. 

4) Os badalhocos
Ao contrário dos asseados, esta espécie nem sequer lava as mãos depois de sair do cubículo. Mas porquê? É só dar um passo até aos lavatórios e depois limpar as mãos às calças. O secador não resulta.

5) Os prevenidos
Uma casa de banho pública é uma festa de bactérias. Como tal, os prevenidos tiram meia hora do seu tempo para forrar tudo onde tocam com papel. Forram o tampo da sanita para não terem de fazer um agachamento contínuo, forram o autoclismo antes de lhe tocaram, forram a maçaneta da porta. Uma hora depois estão prontinhos.

6) Os impacientes
Chegam e veem que todas as portas têm o símbolo vermelho, ainda assim batem para confirmar se está lá gente. E mesmo quando ouvem a resposta "está ocupada" têm a tentação de empurrar. Quando há o azar do fecho estar avariado, a pessoa do lado de lá leva com a porta na cabeça.

7) Os polícias
Normalmente atuam nas discotecas ou nos festivais. Os polícias sinaleiros fazem de controladores da vez. Mal alguém chega para se pôr na fila, este tipo de utente já está a dizer quem é a última pessoa. Num momento de indecisão, os polícias sabem sempre quem é o próximo a ir.

8) Os olheiros 
Não há pessoa que entre que não seja revista de cima a baixo. Nos WC femininos há sempre uma tendência a observar (e comentar no caso de um grupo de amigas) os outfits de quem entra. "Aquela miúda é magra e está bem vestida! Que estúpida!"

9) Os vendedores
Encontram-se nas casas de banho dos centros comerciais. A primeira coisa que fazem é posar os sacos das compras e montar uma banca com tudo o que compraram. Desde a camisola com a Minnie em lantejoulas para a prima Carlota até à cueca de renda para a amiga Catarina que vai casar.

10) Os narcisistas
Espelho + telemóvel = selfie. É vê-los a pôr os lábios para fora e a espetar com o flash no espelho. Está uma retrete atrás? Não faz mal, eles só querem mostrar ao mundo que foram a uma casa de banho pública.

Fotografia: Inês CR

terça-feira, 19 de maio de 2015

#benficacampeão

O título nada tem a ver com o texto que se segue. É apenas um acontecimento paralelo à minha vidinha de tartaruga. Acabei de confundir qualquer pessoa que leia este texto. Esta frase continua sem esclarecer nada. Mas dentro de algumas palavras tudo ficará mais claro.

Agora que te fiz ler um parágrafo inteiro sem dizer nada de jeito, passo a explicar a minha longa ausência do blogue. Sei que sentiste a minha falta, mas prometo estar prestes a regressar em grande. Esquece, em grande é impossível porque eu sou minúscula. 

Nas últimas três semanas andei ocupada. A minha agenda tem andado muito preenchida (é tão chique dizer isto). Ando ocupada de tal forma que os meus ombros passaram a ter uma carapaça, mais conhecida por mochila. Sinto-me uma tartaruga com a casa às costas. Caso caia para trás, já não me levanto mais. 

Para além deste vai-vem, cada vez que ligo o computador para um momento de lazer deparo-me com vídeos de pessoas a bater em outras pessoas. É horrível, deixa-me completamente revoltada e sem vontade de escrever nada. Ou melhor, de escrever coisas que não vão deixar ninguém contente. E esse não é o objetivo do meu blogue, para chorar já chegam as greves do metro.

Após este momento sério e raro aqui por estas bandas. Para além do Benfica ter sido campeão e eu ser do Sporting. Não sei bem porquê, mas todos temos de responder alguma coisa quando nos fazem a adorável pergunta dos clubes... QUERO DEIXAR UMA MENSAGEM. 

Para terminar este meu texto de justificação para com os meus seguidores lindos e fofinhos, quero falar aos netos deste país. Em particular aos netos que agarram nos telemóveis dos avôs e das avós e escolhem o toque. A senhora que andou ao meu lado no autocarro ia morrendo de vergonha quando o seu telemóvel começou a cantar: "Era só jajão, quando tu dizias que eu sou teu único amor, baby". Deixem-se disso, por favor.

Fotografia: Inês CR


quinta-feira, 30 de abril de 2015

#saladeespera

A experiência de permanecer numa sala de espera é sempre estranha. Na prática, ficamos num espaço limitado a quatro paredes, com sorte sentados numa cadeira, a ver os minutos a passar. 

Ontem tive essa experiência e mais uma vez pude comprovar que é algo mesmo estranho. Fui ao hospital com dor de ouvidos e de garganta (dados nada importantes, mas que decidi referir) e lá fiquei na sala de espera. A partilhar o momento com os outros doentes e a respirar devagarinho para que não inspirasse outras viroses. Há quem leia, quem converse, quem veja televisão. O Fernando Mendes com um barrete de campino, a comer chouriços que alguém do público levou é sempre uma boa distração para quem tem dores. Exceto para quem tem dores de cabeça. Aí as palmas entusiásticas do público e, em especial, da participante do programa de ontem, dão cabo de qualquer um.

Atividades há muitas. Quando se partilha o espaço com estranhos há sempre que ocupar a cabeça para não cair na tentação de ouvir conversas alheias. Para além de que tentar falar com uma pessoa que tem a cabeça partida ou está a arder em febre é um passo arriscado.

Para minha felicidade fui atendida muito rapidamente. Tão rapidamente que nem tive tempo para perceber quem é que ganhou a montra final. 

Fotografia: Inês CR

sexta-feira, 24 de abril de 2015

#desejosefome

O título poderia ter sido "desejos vs. fome", mas eu acho que estas duas palavras não são antónimos nem adversárias. O meu estômago diz-me que andam de mãos dadas. 

Ainda ontem, depois das aulas, entrei no autocarro e cheirava a batatas fritas de milho. São umas em forma de cone que deixam os dedos laranja. E cujo sabor é tão bom que torna impossível parar de comer. Olhei para o lado e lá estava uma menina a comer as ditas batatas. Era hora de jantar e apeteceu-me arrancar aquela bomba de colestrol das mãos da passageira e fugir porta fora. 

Isto acontece sempre. Quem é que consegue não ter desejo de fritos quando passa por um restaurante com aquele cheiro horrível a óleo que se entranha na roupa e permanece durante 15 dias? Quem é que consegue dizer 'não me apetece pipocas' quando passa nas bilheteiras do cinema? Quem é que recusa pão caseiro depois de passar snifar aquele aroma a quentinho acabado de fazer? NINGUÉM! E se alguém consegue é porque nasceu em Marte ou tem problemas de congestionamento nasal.

Ser humano que se preze vê, cheira, ouve ou toca em comida e ambiciona sentir-lhe o paladar. É quase tão certo como chorar na cena do Rei Leão em que o Mufasa morre. 

Fotografia: Inês CR