domingo, 28 de dezembro de 2014

#2014

2014 foi o ano. Quero dizer, foi mais um ano, que veio depois de 2013 e vem antes de 2015. 

Foi um ano em que o Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador do mundo e o escultor da sua estátua dotou-o da forma que muitos homens gostariam de ser dotados. Já não bastava o senhor meter inveja a nível profissional, agora também mete a nível físico (ou talvez sempre tenha metido). O Facebook comprou o Whatsapp. Enfim, o Mark precisava de mais uns trocos e decidiu fazer um bom investimento. Há que assegurar o futuro, caso a rede social que torna as pessoas viciadas em fazer scroll dê para o torto. A Alemanha venceu o Mundial. Acho que nos devíamos mudar para lá, assim os tugas licenciados tinham emprego e alcançavam o que mais desejam: ganhar cenas no futebol. E a Lupita arrasou com aquele vestido azul bebé e, para completar o visual, levou um Óscar para casa. Entretanto, um hacker sacou a imagens íntimas de famosos. Cheira-me que as próximas fotos caseiras da Jennifer Lawrence serão de camisola de gola alta, calças à boca de sino e botas (o que é indiferente, ela até pode rapar o cabelo que continua estilosa). E para acabarmos em grande, os ricos passaram a ladrões presos. Olha que chatice para eles! O Sócrates já teve direito a um Happy Meal e tenho a certeza de que não passará frio com a quantidade de "amigos" a visitá-lo.

Pode-se dizer que foi um ano engraçado. Embora pobres, andamos muita contentes porque há festas à borla para a Passagem de Ano. Agora está a chegar a hora de "ano novo, vida nova". Está a chegar o momento em que se fazem resoluções hiper importantes. Está a chegar aquele segundo que passa das 23h59 para as 00h00 e que muda toda uma perspetiva. É altura para prometer "no ano que vem começo a correr", "no ano que vem faço dieta" e "no ano que vem vou ajudar os outros". Força nesses desejos, também vou pedir os meus, apesar de não gostar de passas.

Tchim, tchim e BOM 2015!


sábado, 20 de dezembro de 2014

#natal

Chegou a altura do ano em que tudo se transforma em presentes e o espírito passa a ser: "Está um frio de rachar, mas vamos congelar o sorriso, porque é Natal". É tempo de estar em família, comer uma quantidade que daria para três meses de refeições e invadir os centros comerciais à procura do melhor preço/qualidade. 

Chegou a altura em que a Popota reaparece, cada vez mais magra e escanzelada (com umas maminhas de quem foi à maca melhorar os dotes). Chegou a altura em que todos ficamos com a música dos bombons na cabeça: "Merci, muito obrigaaaado. Merci, por seres assim". Chegou a altura em que os Gato Fedorento se vestem de monhés e cantam na Baixa-Chiado, num momento nada racista e preconceituoso.

É fantástica esta energia que nos envolve em pijamas polares e meias por cima das calças. Esta vontade de ter um gorro para o nariz, enquanto se bebe chocolate quente para nos reconfortar interior e exteriormente - sim, isto de não haver dinheiro para presentes não mete piada nenhuma...

Enfim... Eu adoro o Natal, apesar do frio e de engordar cinco quilos por dia. Como tal, não podia deixar de te desejar uma excelente quadra natalícia: Que o teu gordo desça pela chaminé de uma forma suave e não queime o rabo na lareira. Quem vive num apartamento e não tem chaminé direta é melhor que mude para uma moradia, caso contrário arrisca-se a não ter presentes este ano. 

Fotografia: Inês CR

sábado, 6 de dezembro de 2014

#coisasqueomeuafilhadodiz

De regresso à terrinha tive o prazer de estar acompanhada pelo meu afilhado Sebastião, que tem nove anos. Ele está no 4º ano e uma das nossas tarefas para esta tarde foi estudar a 1ª e a 2ª dinastia. D. Afonso Henriques aparte, o que mais achei piada foram os termos usados por este jovem pré-adolescente (chamar criança já não dá) e que passo a citar:

  • "Bracinhos de esparguete": uma pessoa sem força nos braços e que não sabe o que fazer com eles.
  • "Don't kill me": em português "não me mates". Foi a resposta dada quando lhe perguntei por que é que não tinha ida às compras de Natal com os pais.
  • "Nop": não. É apenas uma maneira mais engraçada de dizer.
  • "Polha": é uma adaptação de forma a não dizer "porra" e a não ralharem com ele.
  • "Swag": ao que parece todos os miúdos o adoram dizer, porém o Sebastião di-lo para gozar. Para ele um rapaz com swag é alguém parvo ao ponto de tirar selfies até com abóboras.
  • "Shep, shep": refere-se ao ato de usar um bidé. No meu tempo dizia-se "shap, shap", mas ele diz que assim é mais fixe enquanto faz o gesto.

Fotografia: Inês CR