sábado, 28 de março de 2015

#bolachasealtruísmo

À sexta-feira tenho seis horas de aulas seguidas, com um intervalo de dez minutos para jantar. Não há tempo para ir jantar a lado nenhum e a solução passa por sandes enroladas em prata, sumos de pacote e, em dias de sorte, umas bolachinhas. Ontem cumpri a tradição e foi dia de sorte. Enrolei algumas bolachas digestivas, que são deliciosas, em prata para levar. 

Antes das aulas fui com o meu namorado, o Diogo, ao Jardim da Gulbenkian. É dos meus sítios favoritos em Lisboa e o melhor para aproveitar os dias de sol. A única parte chata deste passeio são os patos e os pombos. Compreendo que eles se sintam em casa, mas não se cheguem perto de mim. Não gosto de me sentir ameaçada por bicos e barulhos como quá quá quá. Contrariamente, o Diogo adora ver os animais contentes. Todas as vezes que lá vamos ele lamenta não ter um saco de pão para dar às criaturas. (Não, não namoro com um senhor de 80 anos nem com uma criança de três. Ele tem 22 e este gosto estranho.) 

Enquanto tentava comer um gelado em paz, os patos rodearam-me como se fossem um gangue a dizer "passa para cá umas migalhas". E o Diogo lá lamentou não ter à mão uma caixa de milho no bolso. Cometi o erro de falar nas minhas queridas bolachas digestivas. Que raio me passou pela cabeça? Obviamente ele pegou nelas e começou a distribui-las pela população de patos que nos rodeava. O chefe do gangue, isto é, o pato mais rápido e esfomeado, voava à velocidade da luz para apanhar os pedaços e regressava à espera de mais. 

Nunca esperes dar meia bolacha a um pato e veres-te livre dele. Ele volta e grasna agressivamente até voltares a dar. 

Mas enfim, percebi que tenho um namorado altruísta que tirou do meu jantar para alimentar os pobrezinhos. Para além disso, ainda contribuiu para regular o trânsito intestinal dos animais.


terça-feira, 24 de março de 2015

#top10 | Pessoas que andam de transportes públicos

A partir de hoje há uma nova rubrica aqui no teu blogue favorito. Não me chames convencida, eu sei que adoras quando andas pelo Facebook e vês que há novidade! "Deixa-te de coisas e fala da rubrica!", dizes tu. "OK, ganha calma que o stress provoca rugas", digo eu. "Raio da miúda só escreve, escreve e não diz nada de jeito", dizes tu. "Ei, eu ouvi isso!", respondo eu indignada. "Já acabou o momento de monólogo entre ti e o teu amigo imaginário?", pergunta a minha consciência.

Já sim senhora! Vamos passar ao primeiro #top10, que vai falar dos vários tipos de pessoas que andam de transportes públicos. Qual deles és tu? 

1) Os exaustos
Dormem, dormem e dormem. Nada melhor que aproveitar aquela viagem para tirar um cochilinho. Uma pessoa vai exausta para o trabalho e vem exaurida do trabalho. Há que aproveitar para descansar a vista. De boca aberta, ou não, é uma escolha que cabe a cada um. Dando um ressono, ou não, tudo depende do nariz entupido.

2) Os sociais
Porque a vida é curta há que pôr a conversa em dia quando se viaja. E falar alto. Porque a pessoa que está do outro lado do telefone é sempre alguém com problemas de audição. Dada a idade avançada da maioria da população do nosso país, é normal que se tenha de falar sobre as férias em Albufeira ou a festa de anos da Kika aos altos berros.

3) Os agarrados
Aos telemóveis e não só. Tudo o que é tecnologia circula por ali. Tablets, mp4, iPod, iPad, iTudo. É a loucura do CandyCrush e dos jogos de memória. Desliza dedo para aqui, desliza dedo para ali. É ver quem é o mais rápido a passar a mão no ecrã. 

4) Os DJ's
Dão música a toda a gente. Desconhecem as palavras "fones" e "auscultadores" e querem partilhar a sua playlist com o mundo. Desde o kuduro ao pai da criança, vale tudo menos ficar em silêncio e deixar os restantes aproveitar a viagem em paz.

5) Os cultos
Com as cabeças enterradas em livros, não se desviam por um instante. Vem alguém com um bebé ao colo e não há lugar? Eles não querem saber, porque o momento da leitura é mais importante. Ainda que sejam as 50 sombras de Grey com uma capa de tecido aos bonequinhos. 

6) Os viajantes
Sempre com a mala atrás. A mala, uma mochila e ainda um saco do Pingo Doce. Dos grandes, que os pequenos agora pagam-se e não compensa. Não há hipótese de carregarem mais nada. Nem hipótese de passarem ao mesmo tempo que alguém quando entram nas portas. 

7) Os indignados
"Estas pessoas não deixam ninguém sentar!" Normalmente donos de uma idade mais avançada. Vão o caminho inteiro a reclamar por tudo e por nada. "No meu tempo não era assim. Os jovens estão perdidos". Até que alguém cede o lugar... "Não é preciso, vou já sair a seguir".

8) Os estrangeiros
Falam, falam, falam. Polaco, romeno, mandarim... Podem mandar todos os restantes ir passear macacos bem alto, que ninguém vai perceber nada. Até podem estar a dizer que a pessoa do lado cheira mal, é indiferente. Ela vai continuar a pensar que cheira a rosas.

9) Os multifunções
Associados, maioritariamente, ao sexo feminino. Dar um retoque nas unhas, escrever um número de telefone com o lápis dos olhos ou até organizar a carteira. Não há tempo para fazer tudo no conforto do lar. 

10) Os empurra
Há greve e o povo está tipo lata de sardinha? Então vamos a um empurrãozinho. "Pago passe tenho de entrar e, se possível, sentar-me." Uma cotovelada deste lado, uma pisadela do outro. "Deixem-me passar que eu vou primeiro."

sábado, 21 de março de 2015

#tagdoamoredoódio

Bem... Ao que parece agora é moda os bloggers nomearem-se entre si para responder a tags. Acho piada porque a iniciativa faz com que troquemos conhecimentos e nos demos a conhecer um pouco melhor a quem nos segue. Ou seja, isto é uma fofice que acontece entre pessoas que gostam de vir para Internet escrever coisas, tal como a minha avó diria. 

Fui nomeada pela Cristiana do blogue Where is my mind para responder à Tag "Amo/ Odeio" e decidir aceitar o desafio. As regras são:
  • Dizer 10 coisas que odeio e 10 coisas que amo.
  • Indicar 10 blogues para responder à Tag também.
  • Colocar a imagem da Tag.
  • Colocar o blogue que deu origem à Tag.
  • Pôr o link de quem indicou a Tag.


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Já cumpri as últimas regras, por isso vou passar às primeiras. Antes de continuares a ler, quero avisar que isto é uma brincadeira. Amar e odiar são palavras realmente sérias e aqui no blogue e seriedade fica em casa. Após isto, cá vai...

Dez coisas que odeio:

1- Apanhar molhas naqueles dias em que o São Pedro está de telha e eu decido não levar chapéu de chuva.
2- Que o pacote das minhas bolachas favoritas acabe.
3- Pombos urbanos, andam nos passeios como se fossem gente e quando menos se espera levantam voo a alta velocidade.
4- Moedas, a minha carteira só deviam ter notas.
5- Cheiro a livros ou revistas novas, chega a ser intoxicante.
6- As contas que chegam da luz durante o inverno, malditos aquecedores!
7- Autocarros da Carris em dias de greve, sardinhas em lata nunca foi algo que me suasse bem.
8- Bater com a escova do rímel na pálpebra superior.
9- Ficar com areia da praia no biquíni.
10- E... Comer areia da praia quando o vento se levanta.

Dez coisas que amo:

1- Batatas fritas, sejam caseiras, de pacote ou do McDonals.
2- Manter as etiquetas na roupa até a estrear.
3- Pôr as calças do pijama por dentro das meias.
4- Cozido à portuguesa, quem me tira a comida tuga tira-me tudo.
5- Cheiro a shampoo, snifo sempre que estou no supermercado antes de comprar.
6- Festas de anos em casa, é comer sem pagar.
7- Ter as unhas acabadas de pintar impecáveis, estado que dura em média cinco minutos.
8- Esplanadar e apanhar sol na cara tipo caracol.
9- Adormecer no sofá, pena que já não acorde na cama como acontecia há uns anos atrás.
10- Cafunés, deviam inventar um robot só para isso.

Os dez blogues que nomeio são:


Fotografia: Inês CR

quinta-feira, 19 de março de 2015

#príncipeprocura-se

PROCURA-SE príncipe rico, de olhos azuis, cabelo sedoso e uma dentição impecável. Pede-se também que seja de família abastada, com nome próprio seguido de 40 apelidos. A inteligência e a boa conversa são fatores tidos em conta, mas não eliminatórios. Contudo, o egoísmo e a avareza não serão tolerados - não se pretende um tio Patinhas. 

Não é exigível castelo ou palácio para posterior ajuntamento, bastando uma moradia com piscina. Coches ou cavalos brancos serão a opção para dias festivos, nas restantes ocasiões será utilizado um descapotável topo de gama. 

Em troca oferece-se paciência, bom humor e decisões já definidas para aplicação dos bens monetários do respetivo príncipe. Os interessados deverão comprar um par de sapatos, número 38, na Swarovski e entrar em contacto o mais depressa possível. Dispensa-se a vinda da cavalaria toda em busca da princesa, já existe o Facebook para tratar do assunto.

Sim, ontem fui ver o filme Cinderela e estou a magicar uma solução para ganhar uns trocos.

Fotografia: Inês CR

quinta-feira, 12 de março de 2015

#odesaparecimento

Foi, sem dúvida, misterioso este desaparecimento. Acordei e senti o fresco dos lençóis no meu pé direito. A minha meia tinha desaparecido como o dinheiro desaparece da carteira dos tugas. 

Ainda na escuridão deslizei o pé frio e desconsolado pelos lençóis gélidos, na esperança de me cruzar com esta vítima de roubo. Nada aconteceu. Empurrei o edredom e o lençol de cima, branco com riscas azuis, e fiz uma pesquisa por toda a área do colchão. Nada. Nem sequer um vestígio da minha querida peúga. 

Cor-de-rosa choque e felpuda, calçá-la é como calçar uma nuvem. Fofinha que nem algodão. E ainda por cima estava a prender a ponta das minhas calças de pijama brancas às bolinhas rosa. Tudo estava confortavelmente composto em harmonia e a condizer. Mas algum acontecimento misterioso durante a escura e longa noite a roubou. Que seria feito dela?

Acendi o candeeiro da mesa de cabeceira. Tinha de conseguir encontrá-la ou a corrente fria que passava na lateral da cama atacar-me-ia mal pusesse o pézinho cá fora. Mais uma busca intensiva, mais um levantar de lençóis e endredom, mais um grandessíssimo NADA. 

Encarnei o Inspetor Gadget (tereretetete, terereretete) e procurei no chão do lado esquerdo. Podia a fofinha ter caído. Nada. Procurei do lado direito encostado à parede. À primeira vista nada. Dobrei-me para averiguar melhor e... lá estava ela. Entre a colcha e a parede. Assustada, perdida, desorientada. Salvei-a e voltei a envolver o meu pé em algodão doce. 


segunda-feira, 9 de março de 2015

#caindoaosbocadinhos

Depois de uma loooooonga pausa nas caminhadas para acumular gordura para o inverno (tipo urso) hoje regressei às caminhadas. Até parece que andar - sim, fazer caminhadas é andar - faz alguma coisa de jeito... Mas pelo menos, endireito as costas e vejo pessoas a transpirar. 

A malta vê um bocadinho de sol e começa logo a pensar no biquíni. Pensar no biquíni e refletir sobre todos os hidratos de carbono e chocolates quentes ingeridos nos últimos meses. Não é fácil lidar com as barrigas lisas dos anúncios da Activa. Naaaada fácil.

Enfim... Barrigas  à parte. A caminhada correu bem. Senti-me uma lutadora que regressa ao ringue. Senti-me uma heroína que regressa à ação. Senti-me uma ave qualquer que regressa aos céus. Caminhei uma hora e tal, no Monsanto, na companhia da Jé (do blogue O Diário da Jessie Bessie). Super entusiasmadas! Até tirámos selfies de fato de treino e colocámos com o #atéaoverãoficamosboas. Que vida, que energia, que adrenalina!

Agora estou a cair para o lado como um bebé com sono. Ou melhor, como alguém que tomou três calmantes. Ou ainda melhor, como alguém que levou com uma frigideira na cabeça. Sou muito fracota, confesso. 


quinta-feira, 5 de março de 2015

#édeborla: o resultado

Chegou o momento de revelar a vencedora do passatempo! (rufus)

O kit Loveable Lips vai para Beatriz Semedo e o Loveable Nails para Maria Nogueira. Muitos parabéns! As vencedoras serão contactadas por e-mail para combinar a entrega. 

Obrigada a todas pela participação! 




1. Inês Rodrigues
2. Vanessa Nogueira
3. Jéssica Alexandra Moleiro Martins Rolho 
4. Beatriz Palha
5. Beatriz Semedo
6. Ana Paula Tomásia
7. Leopoldina Meia Onça
8. Maria Nogueira  
9. Isabel Marques Martins
10. Margarida Pinhal