domingo, 29 de junho de 2014

#praia

Ontem foi o meu primeiro dia de praia. No Verão passado não tive muitas oportunidades para ir, dado que estive a estagiar. Então, agora que estou de férias, achei que era a altura ideal para iniciar a época balnear. Lá fui eu para Peniche que fica perto da terrinha. No caminho apanhei as quatro estações, tanto fazia um sol radiante como uma chuva sombria. Cheguei à praia, coloquei o pezinho na areia e o tempo estava nublado, com um pouco de vento. Pensei “pode ser que melhore”. Mas é óbvio que aconteceu o contrário. Veio uma chuva com uns pingos tão grandes que a minha toalha ensopou e eu não precisei de ir ao mar para tomar banho. Depois parou e pensei “agora é que vai melhorar”. Mas é óbvio que veio mais uma queda de chuva e tomei outro banho. Eu, a minha mala, a minha toalha e nem o casaco de carapuço escapou. Entretanto parou, pensei pela terceira vez “já não peço que fique um sol radiante, basta só que não chova. E, após dizer algumas vezes “Nossa Senhora da Conceição faça sol e chuva não”, os santinhos lá me fizeram a vontade e colocaram apenas umas nuvens a esconder o sol sem chover. Fiquei contente. Mal um raio de sol passava pelas nuvens a minha pele arrepiada que nem uma galinha até dava pulos de contentamento.

Porém, o pior estava para vir. E não. Não choveu de novo felizmente. O auge desta história vem mesmo no pós-primeiro dia de praia. Vou ao WC e olho-me ao espelho. A minha cara estava um pouco vermelha. Achei que iria ficar com uma cor além do meu branco lixívia natural. Vou para o carro e começo a ver as minhas pernas também vermelhas – sim, porque mal parava de chover eu aguentava o frio de biquíni. Cheguei a casa e mal me mexia. Tenha o corpo, da cabeça aos pés, com um escaldão gigante e parecia uma pessoa com problemas de mobilização cada vez que preciso de me levantar. Já não há Nossa Senhora da Conceição que me valha. É muito creme hidratante, água e roupa de algodão.

Moral da história: já não me enganam outra vez. Viva o protetor 50 mesmo que caia neve enquanto eu estiver na praia! Viva!


segunda-feira, 23 de junho de 2014

#asério?

Hoje começa, oficialmente, a minha primeira semana de férias e o dia não podia estar a correr melhor (ou então não). Acordei às 7 da manhã para viajar da terrinha à capital. A morrer de sono arrastei-me até ao carro, do carro até casa e fiz as arrumações com um sacrifício indescritível. Decidi ir dar a minha caminhada diária. Vesti as belas das leggins e o meu casaco de carapuço. Mas porquê leggins e casaco de carapuço em vez de calções e alças? Ah… pois é. Estamos a 23 de junho, mas parece que o São Pedro decidiu que regressámos ao inverno. Tentando não deprimir por ser a minha primeira semana de férias e estar um tempo de merda – desculpe mas não existe outro termo para isto – lá sai de casa.

Fechei a porta, coloquei as chaves na espécie de cinta que uso para transpirar, pus os fones no ouvidos com música de pumpumpum e comecei. Passam 5 minutos e oiço a senhora que está dentro do meu Ipod a dizer “bateria fraca” com uma voz que ainda não percebi se é sexy ou assustadora. Rezei para que durasse até eu regressar a casa e continuei. Vou no passeio ao lado da estrada e passo por um outdoor com a Cláudia Vieira em fato-de-banho. Isto só pode ser uma provocação, não é? Anda uma pessoa a fazer caminhadas, a comer como um coelho e a babar cada vez que vê um anúncio de hambúrgueres e aquela senhora aparece assim com um bronze e um corpão de cair para o lado. Tentei não ligar e continuei, o aviso da senhora do Ipod tornou-se realidade e lá se foi a minha música de companhia e motivação e ainda nem tinha chegado a meio do percurso. O São Pedro mandou uma pinguinha de chuva só para avisar “o teu azar não termina aqui” - imaginei a voz do São Pedro igual à da senhora do Ipod o que é altamente estranho. 

Lá vim o resto do caminho sem música, na companhia de nuvens negras como o carvão e sem motivação alguma. Tomei um duche e agora encontro-me a “pijamar” no sofá (sim, gosto de inventar novos verbos e tenho esse direito!).


sexta-feira, 20 de junho de 2014

#apalpandoterreno

Parece que foi ontem que sai do autocarro, me dirigi para a porta da faculdade e me gritaram “olhos no chão!”. Parece que foi ontem que aprendi a cantar “ser CC é ser especial, cada dia é um carnaval”. Parece que foi ontem que tive o primeiro teste e tremi quando ouvi “as notas já saíram”. E já passaram três anos! Agora é hora de me pôr a mexer, porque a vida continua e isto não está fácil. 

Pois, pois… a nostalgia é muito bonita. Mas onde é que quero chegar com isto? Ora bem… Esta semana fui a um dia aberto de Mestrados. Uhuh!! Foi muito bom para ganhar noção daquilo que me aguarda e que desejo muito. Considero que parar é morrer e já não basta ter uma Licenciatura. Assisti a uma apresentação geral com o coordenador dos Mestrados, depois houve um lanche com uns brownies deliciosos (logo aí comecei a ficar convencida) e, para terminar, estive a ouvir a descrição do Mestrado em Jornalismo. Anotei os prós e os contras e agora tenho menos de um mês para tratar das candidaturas e rezar a todos os santinhos para ser aceite. 

Mas não contei isto por acaso. Toda esta lengalenga tem um fim pensado e propositado. Na mesa da sala em que assisti à apresentação do Mestrado estavam escritas diversas citações. Com e sem asneiras, acompanhadas ou não de desenhos e algumas bem originais. Aquela que mais me marcou foi “preocupar-me é estúpido. É como andar de chapéu-de-chuva aberto na rua à espera que chova”. Será algum sinal ou é só engraçado?


quinta-feira, 19 de junho de 2014

#entãoeagora?

“E foi hoje. Foi hoje o dia em que terminei mais uma etapa da minha vida. Uma etapa com momentos bons e momentos maus, uma etapa com expressões de felicidade e expressões de nervosismo, uma etapa com dias maravilhosos e dias mais custosos. Mas, acima de tudo, uma etapa inesquecível. Mesmo num país que não sorri aos jovens que, todos os dias, saem licenciados das suas faculdades, a felicidade é inevitável. O sentimento de orgulho é impossível de descrever por palavras…Obrigada do fundo do meu pequeno coração, que hoje se tornou enorme, a todos os que fizeram parte deste percurso. Obrigada pelo apoio, pelas conversas e pela mais simples pergunta “Então? Como está a correr?”. Um obrigada especial à minha mãe, Maria José Nogueira, que me ligou três vezes por dia e se certificou de que nada me faltava. Tenho a certeza que, aconteça o que acontecer no futuro, estes três anos irão permanecer na minha memória com um simbolismo indescritível. Ter uma Licenciatura não é apenas abanar as fitas no dia da bênção. Ter uma Licenciatura é preparar um futuro e lutar pela concretização de um sonho. Agora… Resta esperar e ver onde o destino me leva.”

Acabei, neste momento, de publicar isto no Facebook. Hoje terminei a minha Licenciatura em Ciências da Comunicação. Coloquei uma fotografia gira, sorridente e com a pasta na mão de forma a ser mais elucidativo. Os “gostos” estão a aumentar e agradeço, individualmente, a cada um dos comentários com os parabéns. Embora não pareça pela forma como escrevo, estou feliz. Feliz de uma maneira que não consigo explicar. Tão feliz que já chorei e borrei o rímel, ficando a parecer que andei a esfregar a cara numa mesa de matraquilhos cheia de óleo. Bonita forma de começar, han? É o resultado da pós-Licenciatura. 


Fora os apartes, a questão central é: então e agora?

Fotografia: Inês CR