Ontem foi o meu primeiro dia de
praia. No Verão passado não tive muitas oportunidades para ir, dado que estive
a estagiar. Então, agora que estou de férias, achei que era a altura ideal para
iniciar a época balnear. Lá fui eu para Peniche que fica perto da terrinha. No
caminho apanhei as quatro estações, tanto fazia um sol radiante como uma chuva
sombria. Cheguei à praia, coloquei o pezinho na areia e o tempo estava nublado,
com um pouco de vento. Pensei “pode ser que melhore”. Mas é óbvio que aconteceu
o contrário. Veio uma chuva com uns pingos tão grandes que a minha toalha
ensopou e eu não precisei de ir ao mar para tomar banho. Depois parou e pensei
“agora é que vai melhorar”. Mas é óbvio que veio mais uma queda de chuva e
tomei outro banho. Eu, a minha mala, a minha toalha e nem o casaco de carapuço escapou.
Entretanto parou, pensei pela terceira vez “já não peço que fique um sol
radiante, basta só que não chova. E, após dizer algumas vezes “Nossa Senhora da
Conceição faça sol e chuva não”, os santinhos lá me fizeram a vontade e
colocaram apenas umas nuvens a esconder o sol sem chover. Fiquei contente. Mal
um raio de sol passava pelas nuvens a minha pele arrepiada que nem uma galinha
até dava pulos de contentamento.
Porém, o pior estava para vir. E
não. Não choveu de novo felizmente. O auge desta história vem mesmo no
pós-primeiro dia de praia. Vou ao WC e olho-me ao espelho. A minha cara estava
um pouco vermelha. Achei que iria ficar com uma cor além do meu branco lixívia
natural. Vou para o carro e começo a ver as minhas pernas também vermelhas –
sim, porque mal parava de chover eu aguentava o frio de biquíni. Cheguei a casa
e mal me mexia. Tenha o corpo, da cabeça aos pés, com um escaldão gigante e
parecia uma pessoa com problemas de mobilização cada vez que preciso de me
levantar. Já não há Nossa Senhora da Conceição que me valha. É muito creme
hidratante, água e roupa de algodão.
Moral da história: já não me
enganam outra vez. Viva o protetor 50 mesmo que caia neve enquanto eu estiver
na praia! Viva!