quarta-feira, 29 de outubro de 2014

#comoestragarumabatata

Não vou falar de cozinha por mais que o título o sugira. Também não me refiro a "chafurdices" com alimentos. Vou falar de artes plásticas! Começando pelo início - porque começar pelo fim é estúpido - o meu querido afilhado Sebastião tinha um trabalho para fazer para a escola. Esse trabalho, realizado no âmbito de uma disciplina de nutrição (no meu tempo não era nada assim) consistia em fazer uma mascote batata. Há quem tenha ficado com cenouras ou couves, mas a ele calhou-lhe a batata. Dado que está numa altura stressante do ano com fichas de avaliação - isto ser do 4º ano tem muito que se lhe diga - a minha tia pediu-me uma ajudinha. De bom grado dispus-me logo a auxiliar, mal sabia onde me estava a meter...

Fui comprar os materiais necessários (cola branca, balões, spray castanho, etc.) e pus mãos à mão. Lembrei-me do Senhor Cabeça de Batata do Toy Story e dos trabalhos do Art Attack e pensei "isto é canja!". Toca de barrar cola no balão e pôr papel higiénico para o forrar. Fiquei com mais cola nas mãos do que papel realmente colado. Tentei pintar com spray a ver se melhorava, mas nem isso me safou. As pontas do papel continuavam levantadas e quando punha mais cola ele rasgava-se. Tive a excelente ideia (ou não) de enrolar película aderente. Assim iria ficar tudo uniformizado e podia enrolar o balão com papel tipo múmia. Não resultou. O papel não colava por cima da película e o desespero começava a surgir. O Diogo chegou entretanto e quis participar naquela obra de arte. Pensou em colocarmos papel de embrulho por cima das camadas já existentes. E colocámos. Ficando a batata enrolada tipo chupa-chupa com um elástico na ponta. O papel de embrulho era cor-de-rosa, então toca de forrar com papel de cozinha por cima e deixar a secar, rezando para que se fizesse magia e a fada dos trabalhos manuais transformasse aquela mixórdia nalgum tipo de mascote de batata. 

Não aconteceu nada e tive de me limitar a pintar com spray. Não liguei a luz da varanda enquanto pintava, logo ficou uma batata mais escura do que devia. Diga-se antes, uma batata podre e feia. O que se pode concluir? É crescer para aprender; o Art Attack é uma mentira; o Sebastião ficou com uma cebola em vez de uma batata; esperemos que não tenha má nota; o Diogo ainda sugeriu que fizesse uma batata frita (pelo menos era retangular). 

Fotografia: Inês CR



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