Há umas semaninhas atrás passei o
fim de semana com a minha mãe. Não é nenhuma novidade até aqui, o especial foi
o local. Dito assim até parece que fomos para as Caraíbas, mas não. A malta é
pobre, ficou por Lisboa e já se deu por contente.
Depois de uma consulta de
dentista, mais precisamente de ortodontia dado que vou colocar aparelho nos
dentes e parecer a Betty Feia –
apenas um à parte – fomos bater perna no shopping.
O que é “bater perna no shopping”? É,
justamente, percorrer corredor a corredor de um qualquer centro comercial,
entrando em todas as lojas, vendo e revendo as modas e comprando o mínimo. Chegámos
a casa exauridas, com as pernas inchadas e prestes a desfalecer. Vestimos os
pijamas e caímos para o lado.
Parecia mesmo que ia acabar por
aqui não era? Não! No dia seguinte fomos a um almoço aniversário de duas amigas
da minha mãe, minhas tias emprestadas. O almoço passou também a jantar e a
tarde foi feita à mesa na conversa. Conversa essa muito didática e educativa.
Aprendi que minissaia já não se chama minissaia, mas sim “abajur do pipi”. Já
tinha ouvido “cinto” como sinónimo de minissaia, mas “abajur do pipi” é muito
mais à frente e, por sinal, muito mais ilustrativo. “Síndrome Pocahontas” é
outra expressão. Já nada similar a saias curtas que mostram o que devia estar
tapado. Mas sim um sintoma físico que impede o ato de calçar qualquer género de
calçado. Qual a principal razão? O Verão! E realmente é verdade. Fico com esta
síndrome todos os anos, só ainda não lhe conhecia a denominação.
Por fim, oiço a minha mãe dizer
“deves querer morrer calçado”. Pensei “será que ainda está a falar da síndrome
Pocahontas?”. Não… É apenas uma ameaça para os espertos que se atravessam,
literalmente, para a estrada quando estamos a conduzir.
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